A gestação é uma fase de mudança na vida de muitas mulheres, repleta de expectativas, sonhos e descobertas. Nesse período, a mãe começa a construir uma conexão que dura por toda a existência, porém também enfrenta transformações desafiadoras e obstáculos que podem tirar o sono.
Mudanças no corpo, fatores hormonais e preocupações com o bebê são apenas algumas das situações que costumam impedir a gestante de dormir bem. Como consequência disso, existe a possibilidade de ela apresentar uma série de problemas, como indisposição, irritabilidade, alterações de humor e falta de concentração.
A importância de dormir bem durante a gestação
Conforme o Instituto do Sono, ter boas noites de sono contribui para a tranquilidade e a saúde mental da mãe, o que reflete na qualidade de vida de toda a família. Isso é especialmente relevante durante a gestação, pois as mudanças hormonais tendem a causar estresse e alterações de humor. Além disso, dormir bem ajuda a manter uma boa imunidade e, assim, prevenir diversas doenças.
Todos esses fatores favorecem para que o bebê se desenvolva de forma saudável. Apesar disso, cerca de 65% das mulheres não conseguem ter um sono reparador na gestação, segundo estudo publicado na Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia.
Essa dificuldade tende a ser mais intensa no último trimestre, quando a barriga está maior e a mãe sente mais vontade de urinar à noite. Entre os obstáculos enfrentados para dormir bem, também estão a movimentação do feto, dores nas costas, câimbras e formigamentos, enjoos e azia, sensação de calor, falta de ar ao deitar, sonolência diurna e preocupações com a chegada do bebê.
Alterações de sono comuns na gestação
As queixas de insônia e sonolência diurna excessiva (provocada pelo aumento da progesterona) durante a gravidez são frequentes. Porém, outras alterações ainda podem estar associadas. Um estudo realizado na Universidade de Pittsburgh (EUA) revelou que os principais problemas vivenciados são a má qualidade de sono, o sono fragmentado, a privação de sono e a falta de regularidade nos horários de dormir e acordar. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores avaliaram 168 mães de primeira viagem, entre a 20ª e a 30ª semana de gestação, na faixa etária de 15 a 44 anos.
De acordo com o estudo, todas essas ocorrências podem ser relacionadas ao aumento de citocinas inflamatórias no organismo, produzidas naturalmente pela gestante. Essas proteínas atuam no sistema imunológico contra inflamações, mas tendem a prejudicar o metabolismo quando estão acima dos valores considerados como adequados.
Quando procurar ajuda médica
Se dormir mal se tornou uma rotina e está afetando o bem-estar da mãe e de toda a família, é fundamental consultar um psiquiatra e/ou psicólogo e um especialista em sono. Também é preciso conversar com o seu obstetra de confiança.
Esses profissionais irão indicar soluções para a melhora do sono, além de reduzir problemas, como estresse, preocupações excessivas e ansiedade, incluindo amenizar os incômodos provocados pelas transformações da gestação.
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