Uma operação entre o Centro de Apoio Operacional de Combate aos Crimes Contra o Agronegócio (Caoagro) da Polícia Civil de Santa Catarina e o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) realizou fiscalização em estabelecimentos comerciais de Seara e Xavantina nesta semana.
Entre as irregularidades constatadas em restaurantes, açougues e supermercados fiscalizados estão corantes para avermelhar carnes, leite vencido e hortaliças mofadas. Confira abaixo a lista divulgada pelo MPSC sobre as falhas graves nos locais analisados:
A ação foi coordenada pela Promotoria de Justiça da Comarca de Seara e realizada por meio do Programa de Proteção Jurídico-Sanitária dos Consumidores de Produtos de Origem Animal (POA), do Centro de Apoio Operacional do Consumidor do MPSC. Também participaram da operação a Vigilância Sanitária Municipal e Estadual, Cidasc, Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Polícia Militar.
O Promotor de Justiça Wesley da Silva Müller explica que a fiscalização teve como foco a proteção da saúde pública e a segurança alimentar da população. Durante o ato, diversos produtos foram apreendidos e retirados de circulação, com destinação adequada, por representarem risco à saúde, especialmente pela possibilidade de contaminação dos consumidores.
"Não se trata de uma medida burocrática. Essa operação foi planejada para proteger diretamente o consumidor. Estamos falando de alimentos vencidos - em alguns casos, há longos meses - armazenados e vendidos em condições inadequadas, com risco à saúde da população. A verdade é que, ao entrar em um mercado ou restaurante, as pessoas confiam que estão adquirindo produtos fiscalizados, dentro do prazo e próprios para o consumo. É essa confiança, legítima e essencial, que o Ministério Público atua para preservar", destacou o Promotor de Justiça Wesley da Silva Müller.
A Vigilância Sanitária registrou autuações administrativas e concedeu prazos para a regularização das irregularidades, que serão rigorosamente acompanhadas. Os estabelecimentos que não se adequarem poderão ser interditados. Além disso, o Ministério Público adotará as providências cabíveis para a responsabilização civil pelos danos morais causados aos consumidores, além de responsabilização criminal, com base no crime contra as relações de consumo, previsto no art. 7º da Lei n. 8.137/90.
"A ação reafirma o compromisso do MPSC com a defesa da saúde coletiva e da segurança alimentar, atuando para coibir práticas irregulares e proteger não apenas os consumidores, mas também o bom empreendedor que cumpre a legislação e respeita a saúde de quem consome seus produtos", finaliza o Promotor de Justiça.
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