A ex-companheira de Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, autor do ataque à bomba na Praça dos Três Poderes na quarta-feira, dia 13, disse à Polícia Federal que desde 2022 ele "tinha a ideia de eliminar os ministros do STF" e que chegou a se hospedar em Brasília naquele ano para "observar a movimentação".
As informações constam do depoimento prestado por Daiane Dias à PF nesta quinta-feira, dia 14, obtido pela TV Globo. Segundo Daiane, Francisco "dizia que queria eliminar qualquer um dos nove ministros do STF".
A ex-companheira contou aos investigadores que ele alugou a quitinete em que morou na Ceilândia durante os últimos meses pela primeira vez em março ou abril de 2022. A casa foi investigada pela polícia nesta quinta e mais artefatos explosivos foram encontrados.
À época, disse Daiane, ela conseguiu "dissuadir Francisco das intenções violentas" e convencê-lo a voltar para Santa Catarina, onde o casal residia, pedindo que ele pensasse no filho e na própria mãe. Este ano, no entanto, Francisco deixou a casa em Rio do Sul (SC) de maneira "sorrateira" – para a ex-mulher, uma forma dela não conseguir convencê-lo novamente a desistir.
Daiane relatou à PF que Francisco se mantinha com parte de aluguéis de imóveis herdados do pai e dinheiro guardado do trabalho como chaveiro e resultante da venda de bens.
Francisco Wanderley Luiz chegou a ser preso em flagrante por lesão corporal em 2012, segundo o delegado-geral de Santa Catarina, Ulisses Gabriel. Em 2014, foi condenada pelo crime a 2 meses e 29 dias de detenção em regime aberto. Segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, foi condenado pelo crime e já havia cumprido a pena.
Conhecido por 'Tiu França', ele era natural de Rio do Sul, no Vale do Itajaí, e morreu no ataque. Na cidade catarinense, em 2020, foi candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL), mas recebeu 98 votos e não se elegeu.
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