Mulher morta em Chapecó foi terceiro feminicídio cometido no município em novembro

Outras vítimas foram assassinadas nos dias 3 e 13 deste mês, todas por ex-companheiros, segundo a polícia

Por Jhonatan Coppini

26/11/2023 13h00



Rozelei de Fátima Trizotto foi morta a facadas (Foto: Arquivo Pessoal)

O assassinato de Rozelei de Fátima Trizotto, de 44 anos, foi o terceiro feminicídio registrado em Chapecó somente no mês de novembro. Ela foi morta a facadas na noite de sexta-feira, dia 24, no bairro Engenho Braun. A Polícia Militar informou que o suspeito é o companheiro dela. O homem de 41 anos foi preso no local.

A Polícia Civil informou que as investigações iniciais apontam que o casal morava junto há cerca de seis meses e a mulher queria a separação, mas ele não aceitou. O homem teria tentado suicídio em seguida. Ele está internado sob custódia da polícia. A Polícia Civil revelou ainda que a vítima não tinha medida protetiva.

Outros crimes

Este é o terceiro feminicídio somente em novembro de 2023 no maior município do Oeste. Ainda no dia 3, Mônica Uhlmann Gosch, de 45 anos, foi morta pelo ex-marido no meio da rua, no Centro de Chapecó. Ela estava separada do autor há cerca de três meses, conforme apurou a Polícia Civil.

Mônica Uhlmann Gosch e Laisa Gonçalves também foram assassinadas em novembro em Chapecó (Foto: Arquivo Pessoal)

Outra vítima foi Laisa Gonçalves, de 20 anos, atingida por diversos disparos de arma de fogo no dia 13 deste mês, na Linha Serraria Reato, no interior de Chapecó. O autor, também de 20 anos, desembarcou do transporte de funcionários da empresa onde trabalhava junto com a vítima e atirou pelas costas. Ele era ex-companheiro da jovem.

Ajuda

A violência contra as mulheres pode ser doméstica, física, sexual, verbal, emocional, psicológica, financeira, patrimonial, política, institucional e moral.

Para a intervenção imediata da polícia, disque para o número 190. Se não for possível acionar a polícia no momento em que a violência ocorre, procure uma Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher ou delegacia comum e registre um boletim de ocorrência.

A delegacia deve enviar o caso ao juiz em 24 horas. O juiz tem 48 horas para avaliar a concessão de medida protetiva.

Também é possível registrar o caso por meio da delegacia virtual (delegaciavirtual.sc.gov.br), pelo Disque 100 ou através do número 182.


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