O marido de enfermeira Yara Filomena Werner da Silva, de 46 anos, confessou à polícia que matou a mulher e depois levou as crianças para escola com o corpo dela no porta-malas do mesmo carro.
A informação foi divulgada pelo delegado responsável pelas investigações, Ênio Mattos, nesta quarta-feira, dia 27.
Yara foi encontrada morta, com o corpo carbonizado em uma área de mata no último dia 4 de abril, em Florianópolis. A enfermeira já havia sido internada após ter sofrido violência doméstica.
O homem estava com Yara há 10 anos. Juntos, eles têm uma filha de 7 anos. A mulher tinha ainda outros dois filhos, de 12 e 14, este último portador de paralisia cerebral.
De acordo com o delegado, o corpo ficou no carro do dia 29 de março, data do crime, até a manhã do dia seguinte, quando foi descartado na mata, no bairro Itacorubi. Lá, ele ateou fogo na mulher já morta.
A vítima teve a identidade confirmada a partir da análise da arcada dentária, segundo a Polícia Civil.
O marido de Yara foi preso por suspeita de feminicídio e confessou o crime na tarde desta terça-feira, dia 26, em Florianópolis.
O homem relatou a Polícia Civil que Yara ia se encontrar com um ex-namorado e que ele ficou com ciúme e acabou esganando a vítima. "Foi consequência de uma briga, no calor do momento", afirmou o delegado.
Investigações
O boletim de ocorrência do desaparecimento da mulher foi feito no dia 31 de março. Inicialmente, a investigação do caso de Yara estava a cargo da Delegacia de Polícia de Pessoas Desaparecidas. Porém, após o corpo ser encontrado, a morte foi tratada como homicídio.
Durante a investigação, cerca de 30 boletins de ocorrência relacionados à vítima foram identificados, nem todos registrados por ela. Os documentos incluíam ameaças e agressões.
Segundo o delegado, a polícia orientou a mulher, em 2018, a solicitar uma medida protetiva contra o companheiro, mas Yara não deu prosseguimento ao pedido.
Motorista fica ferido ao tombar caminhão nas margens da BR-282
Empresário de Faxinal dos Guedes morre em acidente na BR-282