O trabalho de segurança feito pela Polícia Militar em Passos Maia foi tema de uma audiência realizada nesta quinta-feira, dia 9, entre o comando regional da Polícia Militar e a Câmara de Vereadores de Passos Maia. A reunião aconteceu após o Legislativo remeter um ofício ao comando-geral da Polícia Militar de Santa Catarina, cobrando melhorarias no serviço da PM.
Assinado pelos nove vereadores, o documento questionou a demora no atendimento das ocorrências, incluindo desde o contato por meio do telefone 190. “Há efetiva reclamação da população de atendimento inadequado, pois demora mais de 30 minutos para atender a ligação, quando realmente é atendida”, reclama um trecho do ofício.
Os assaltos e furtos ocorridos no município nos últimos tempos também foram destacados no documento, que cobrou o porquê da demora do deslocamento de uma viatura da PM para atender as ocorrências. O ofício ainda lamentou o fechamento do Destacamento da PM no município, com o trabalho passando a ocorrer de forma integrada com a PM de Ponte Serrada.
“As reclamações chegaram à Câmara, e nós, como representantes da população, decidimos enviar essa moção”, explicou o vice-presidente do Legislativo, vereador Osvaldir Alves (Grebo).
Contraponto
Para responderem às questões, o tenente-coronel Jorge Luiz Haack, comandante regional da 4ª Região de Polícia Militar de Fronteira (4ª RPM/Fron) de Chapecó, e o capitão Vilte dos Santos, comandante da 4ª Companhia da Polícia Militar em Xanxerê, participaram da audiência.
Com o Destacamento da PM fechado desde o ano passado em Passos Maia por problemas estruturais no imóvel que servia de sede, Haack informou que se estuda a possibilidade de divisão do local onde atualmente está a delegacia de Passos Maia, com os dois órgãos dividindo o espaço.
Como medida paliativa para o reforço no atendimento de ocorrências, o comandante disse que a PM conta com policiais de outros municípios para suprir a demanda, mas o ideal seria mesmo a chegada de novos policiais. “Quanto ao reforço de policiais no efetivo, é necessário aguardar os novos cursos de formação. O ideal seria um mínimo de oito”, avaliou.
Já o capitão Vilte explicou como funciona o registro de ocorrências por meio do telefone 190. Segundo ele, as ligações caem na central em Xanxerê, onde um turno de 24 horas é cumprido sempre por dois policiais de serviço.
No entanto, o comandante lembrou que a central atende atualmente dez municípios e às vezes há congestionamento de ligações. “Certamente, pela demanda que se tem de ligações, acaba comprometendo alguma ligação que está entrando e não sendo atendida, porque o policial muitas vezes está atendendo outra chamada”, justificou.