Preso desde o dia 25 de setembro de 2024, após uma operação deflagrada pela Polícia Federal contra pornografia infantil, Emerson do Rosário foi solto nesta terça-feira, dia 13. O homem de 45 anos, morador de Ponte Serrada, no Oeste catarinense, estava há quase oito meses no Presídio Regional de Xanxerê.
A Justiça revogou a prisão preventiva para que ele responda o restante do processo em liberdade, mediante o cumprimento de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica pelo prazo mínimo de 90 dias e o comparecimento a todos os atos do processo, que ainda não tem previsão de julgamento.
Responsável pela defesa do ponteserradense, o advogado Matheus Molin disse ao Oeste Mais que a “prisão preventiva foi revogada em razão do excesso de prazo na conclusão do processo, visto que o laudo pericial do aparelho celular apreendido pela Polícia Federal ainda não foi concluído, além do fato do réu ser primário e ter bons antecedentes”.
Também segundo ele, o processo só deve voltar a tramitar quando o laudo pericial for concluído, “mas de qualquer modo, [o réu] irá responder o restante do processo em liberdade”, reforçou Molin.
Operação Terabyte
No dia 25 de setembro de 2024, a Polícia Federal (PF) deflagrou em todo o Brasil a Operação Terabyte para identificar e prender criminosos que agiam principalmente na internet com o intuito de armazenar e compartilhar material de abuso sexual infantojuvenil. Na casa de Emerson, a PF apreendeu um HD de computador com cerca de 10 mil arquivos (fotos e vídeos) de conteúdo pornográfico infantojuvenil, além do celular dele.
Na época, de acordo com a Coordenação-Geral de Comunicação Social da Polícia Federal, em Santa Catarina foram cumpridos 7 mandados de busca e apreensão nos municípios de Tijucas (2), Ponte Serrada (2), Canoinhas (1), Lages (1) e Rio do Sul (1). Nas buscas foram presas 5 pessoas: 2 em Tijucas, 1 em Ponte Serrada, 1 em Canoinhas e 1 em Lages.
Em todo o Brasil, ao menos 60 pessoas foram presas e 141 ordens judiciais foram cumpridas em 24 unidades da federação. A ação ocorreu sob a orientação da Coordenação de Repressão aos Crimes Cibernéticos Relacionados ao Abuso Sexual Infantojuvenil da Polícia Federal, com foco na identificação e prisão de abusadores sexuais de crianças e adolescentes.
A megaoperação envolveu mais de 750 policiais em todo o Brasil. Além disso, a Polícia Federal contou com o apoio da Agência de Investigação Interna (Homeland Security Investigations – HSI), da Embaixada dos Estados Unidos.
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