Segunda Turma do STF forma maioria para manter condenação dos réus da boate Kiss

Incêndio ocorreu em Santa Maria (RS) em 2013 e deixou 242 pessoas mortas, a maioria jovens.

Por Redação Oeste Mais

04/02/2025 08h46 - Atualizado em 04/02/2025 08h48



Tragédia em Santa Maria completou 12 anos (Foto: Divulgação)

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) alcançou maioria de votos nesta segunda-feira, dia 3, para manter a decisão que restabeleceu a condenação dos quatro réus pelo caso da boate Kiss, determinando a prisão imediata dos condenados.

Os ministros do colegiado julgam, no plenário virtual, recursos das defesas dos condenados contra a ordem do ministro Dias Toffoli. Os votos podem ser inseridos no sistema eletrônico da Corte até o fim da noite desta segunda.

  • Quatro réus foram condenados à prisão:
  • • Elissandro Spohr: pena de 22 anos e 6 meses.
  • • Mauro Hoffman: pena de 19 anos e 6 meses.
  • • Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha foram condenados a 18 anos de prisão.

O incêndio ocorreu na madrugada de 27 de janeiro de 2013 na Boate Kiss, em Santa Maria. A tragédia deixou 242 pessoas mortas e outras 636 feridas. A maioria das vítimas eram jovens, que morreram por asfixia causada pela fumaça tóxica liberada após o fogo atingir a espuma que revestia o teto do palco, onde a banda Gurizada Fandangueira se apresentava.

Elissandro Spohr, Mauro Hoffmann, Marcelo de Jesus e Luciano Bonilha (Foto: TJRS/Divulgação)

Andamento na Justiça

Em agosto de 2022, o Tribunal de Justiça (TJ) do RS anulou o julgamento alegando irregularidades na escolha dos jurados, reunião entre o juiz presidente do júri e os jurados, ilegalidades nos quesitos elaborados e suposta mudança da acusação na réplica, o que não é permitido.

Em setembro do ano passado, Toffoli atendeu a recursos apresentados pela Procuradoria-Geral da República e pelo Ministério Público do Rio do Sul. As defesas questionaram a decisão.

Ao analisar os recursos, Toffoli afirmou que os argumentos apresentados pelas defesas são "insuficientes para modificar a decisão ora agravada".

O voto do relator foi seguido por Edson Fachin e Gilmar Mendes. Faltam votar Nunes Marques e André Mendonça.

Com informações do g1


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