MPSC denuncia suspeito de matar advogada em Caçador e ocultar corpo no PR
Karize foi enforcada com uma corda pelo marido e os restos mortais foram encontrados em Palmas.
Por Redação Oeste Mais
25/11/2024 19h56
O suspeito de matar a esposa Karize Ana Fagundes Lemos, de 33 anos, e descartar o corpo em Palmas (PR) foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
A 5ª Promotoria de Justiça da comarca quer que ele seja julgado e condenado pelo Tribunal do Júri. A denúncia já foi aceita pelo Poder Judiciário e o processo tramita em segredo de justiça.
O réu tem 24 anos e está preso preventivamente na Penitenciária de Guaíra (PR). Segundo as investigações, ele teria enforcado a advogada dentro de casa, usando uma corda, e transportado o corpo até a cidade paranaense, percorrendo uma distância de cerca de 140 quilômetros para descartá-lo em uma mata. O crime foi cometido por suspeita de traição por parte de Karize.
Leia também: Autor confessou crime em ligação para amigos
A ossada só foi encontrada em 8 de novembro, e a perícia confirmou que ela pertencia à advogada.
A três qualificadoras citadas são o feminicídio, pois o crime teria ocorrido em um contexto de violência doméstica e familiar em razão da condição do sexo feminino; o motivo torpe, afinal o réu teria cometido o homicídio por desconfiar de que a companheira o estava traindo; e a asfixia, pois uma corda teria sido enrolada no pescoço da vítima.
Vale ressaltar que o fato aconteceu alguns dias antes do sancionamento da Lei n. 14.994, que tornou o feminicídio um crime autônomo. Como a lei não retroage, o homem foi denunciado com base no dispositivo que ainda via o feminicídio como uma qualificadora do homicídio.
O crime
De acordo com a Polícia Militar, o homem confessou, através de uma ligação em grupo de WhatsApp para amigos, ter cometido um duplo homicídio, porque suspeitava que a mulher tinha um amante. A outra vítima não foi confirmada.
Conforme as investigações, Karize Ana Fagundes Lemos foi morta no dia 28 de setembro. Após o crime, o autor disse aos amigos que colocou o corpo da mulher dentro do carro dela, um Nissan March, e fugiu para desová-lo.
O homem foi preso no Paraná, enquanto se deslocava para Mato Grosso do Sul. Foram encontrados vestígios de sangue nele e também no veículo, e uma faca foi apreendida com o homem, também suja de sangue.
O comandante do 15º Batalhão da Polícia Militar, major Macedo, contou que, dentro do automóvel, foram encontrados livros com histórias de assassinatos, e casos de esquartejamentos, mostrando que foi premeditado.
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