Sócios da Kiss, músico e produtor de banda são condenados

Júri popular foi realizado quase nove anos após a tragédia e durou dez dias

Por Redação Oeste Mais

10/12/2021 18h31



Elissandro Spohr, Mauro Hoffmann, Marcelo de Jesus e Luciano Bonilha (Foto: Juliano Verardi/IMPRENSA TJRS)

Os sócios da Boate Kiss, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, o vocalista da Banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e o produtor musical Luciano Bonilha Leão foram condenados nesta sexta-feira, dia 10, no júri popular da tragédia em Santa Maria (RS), ocorrida no dia 27 de janeiro de 2013.

Resultado da sentença:

► Elissandro Spohr, sócio da boate: condenado a 22 anos e seis meses de prisão

► Mauro Hoffmann, sócio da boate: condenado a 19 anos e seis meses de prisão

► Marcelo de Jesus, vocalista da banda: condenado a 18 anos de prisão

► Luciano Bonilha, auxiliar da banda: condenado a 18 anos de prisão

O incêndio no município que fica na Região Central do Rio Grande do Sul deixou 242 pessoas mortas e outras 636 feridas. As vítimas, em sua maioria, eram jovens estudantes com idades entre 17 e 30 anos, moradores da cidade universitária.

Habeas courpus

O cumprimento da pena se daria em regime fechado e, por ser superior a 15 anos, seria executada de forma provisória. A prisão dos quatro foi decretada pelo magistrado. No entanto, o juiz Orlando Faccini Neto recebeu a comunicação de que o Tribunal de Justiça concedeu um habeas courpus preventivo em favor de um dos réus, o que fez suspender a execução da pena dos quatro.

“Eu mantenho inteiramente a minha decisão. Entretanto, acrescento ao final, tendo em vista a comunicação de concessão de habeas corpus preventivo em favor dos réus, suspendo a execução da decisão que proferi. E não obstante o habeas corpus a apenas um dos acusados, parece intuitiva a necessidade de estender a todos”, determinou o juiz Orlando Faccini Neto.

Com as sentenças definidas, tanto os réus quanto o MP podem recorrer da decisão, mas os tribunais só poderão modificar a pena ou determinar a realização de um novo julgamento, sem modificar a decisão dos jurados.

O júri popular durou dez dias, sendo o maior da história do Rio Grande do Sul. A sessão foi acompanhada por familiares das vítimas fatais e sobreviventes da tragédia. A sessão ocorreu no Fórum de Porto Alegre.


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