A taxa de desocupação do Brasil no primeiro trimestre deste ano chegou a 7,0%. Comparada ao 4º trimestre de 2024, o número aumentou em 12 dos 27 estados e ficou estável nos outros 15. Pernambuco (11,6%), Bahia (10,9%) e Piauí (10,2%) mostraram as maiores taxas, enquanto as menores foram de Santa Catarina (3,0%), Rondônia (3,1%) e Mato Grosso (3,5%).
Os resultados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua divulgada nesta semana pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para William Kratochwill, analista da pesquisa, “o mercado de trabalho brasileiro, mesmo com esse aumento, mostrou que está resiliente. Esse aumento no primeiro trimestre é sazonal, devido ao fim dos contratos temporários para o fim de ano. O aumento de 0,8 ponto percentual foi menor que a média dos aumentos (1,1 p.p.) para esse trimestre, o que garantiu que essa taxa de desocupação fosse a menor para um primeiro trimestre na série histórica”.
Neste primeiro trimestre de 2025, o número de desocupados das quatro faixas de tempo de procura por trabalho analisadas recuou frente ao mesmo trimestre de 2024. Além disso, o número de pessoas que buscavam trabalho por dois anos ou mais caiu para 1,4 milhão, o menor número de desocupados nesta faixa, para um primeiro trimestre, desde 2015.
“Assim, pela primeira vez, para um primeiro trimestre, há mais desocupados por menos de um mês que por mais de 2 anos, reforçando a hipótese de força do mercado de trabalho”, explica o analista.
Sexo, escolaridade e raça
Enquanto a taxa de desocupação da população em idade de trabalhar chegou a 7,0% no primeiro trimestre do ano, o indicador foi de 5,7% para os homens e 8,7% para as mulheres. Por cor ou raça, essa taxa ficou abaixo da média nacional para os brancos (5,6%) e acima para os pretos (8,4%) e pardos (8,0%).
A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (11,4%) superou as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,9%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,9%).
Menor taxa de informalidade
A taxa de informalidade para o Brasil foi de 38,0% da população ocupada. O estado de Santa Catarina (25,3%) teve as menores taxas.
A taxa de informalidade da população ocupada é calculada considerando os empregados no setor privado e os empregados domésticos sem carteira de trabalho assinada, além dos empregadores e trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e dos trabalhadores familiares auxiliares.
SC também lidera a proporção de trabalho com carteira assinada entre os trabalhadores do setor privado, chegando a 87,8%.
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