A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) emitiram uma nota técnica nesta sexta-feira, dia 16, devido à confirmação do primeiro caso de gripe aviária na história do Brasil em uma granja comercial. A nota indica (leia na íntegra mais abaixo) medidas sanitárias para garantir a proteção do estado catarinense e dar segurança aos países importadores.
Nesta sexta-feira, dia 16, a China suspendeu as importações de carne de frango de todo o Brasil devido ao registro do caso em Montenegro, na Região Metropolitana do Rio Grande do Sul.
“Santa Catarina emite Alerta Máximo para que a avicultura comercial reforce as medidas de biosseguridade. Além disso, o Estado intensifica as ações de defesa sanitária animal, entre elas estão a análise da movimentação e produtos de origem animal vindos da região do foco; o direcionamento da atividade de vigilância ativa em propriedades que receberam animais daquela região nos últimos 30 dias; e orientação aos Postos de Fiscalização Agropecuária (PFFs) da divisa sul para intensificar a inspeção documental e física de todas as cargas de aves e ovos férteis provenientes do Rio Grande do Sul”.
Os médicos-veterinários da Cidasc também foram orientados a manter a avaliação criteriosa nos atendimentos de casos suspeitos de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves (SRN) e a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) é enquadrada. Além de intensificar as orientações durante as vigilâncias e certificações de rotina, tanto em plantéis de aves comerciais, quanto em aves de subsistência, sobre a importância da biosseguridade na prevenção das doenças das aves.
“Santa Catarina é o segundo maior exportador de carne de frango do Brasil, e isso se deve à implementação das normas de biosseguridade na avicultura e pelo trabalho da defesa sanitária, por meio da Cidasc. Seguindo as orientações do governador Jorginho Mello, estamos vigilantes e reforçando todas as medidas para impedir a entrada dessa doença em Santa Catarina. Precisamos que cada um faça sua parte”, afirma o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini.
Secretaria e Cidasc alertam que o momento requer atenção máxima e, diante da importância econômica e social da avicultura para Santa Catarina, a adoção das medidas é de extrema relevância. A depender da evolução do cenário epidemiológico, novas medidas poderão ser adotadas pela Cidasc.
Nota técnica:
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou na quinta-feira, dia 15, um foco de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul. A detecção ocorreu em uma matriz de aves comerciais no município de Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Esse é o primeiro foco do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) detectado em sistema de avicultura comercial no Brasil. A circulação do vírus da gripe aviária ocorre desde 2006, principalmente na Ásia, África e no norte da Europa.
O Mapa alerta que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. “A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo. O risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas)”, afirma uma nota divulgada pelo ministério.
“As medidas de contenção e erradicação do foco previstas no plano nacional de contingência já foram iniciadas e visam não somente debelar a doença, mas também manter a capacidade produtiva do setor, garantindo o abastecimento e, assim, a segurança alimentar da população”, informa ainda a pasta.
O Mapa também está realizando a comunicação oficial aos entes das cadeias produtivas envolvidas, à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), aos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente e aos parceiros comerciais do Brasil.
Sobre a influenza aviária
A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta, principalmente, aves silvestres e domésticas, mas também pode acometer humanos. Entre os principais sintomas apresentados nas aves estão dificuldade respiratória; secreção nasal ou ocular; espirros; incoordenação motora; torcicolo; diarreia; e alta mortalidade.
A Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul também divulgou uma nota à imprensa na manhã desta sexta-feira, dia 16. Leia na íntegra:
O Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), atendeu a suspeita de síndrome respiratória e nervosa de aves, no dia 12 de maio, em estabelecimento avícola de reprodução, em Montenegro. As amostras foram coletadas e encaminhadas ao Laboratório Federal de Diagnóstico Agropecuário, em Campinas (SP), que confirmou o diagnóstico de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) nesta sexta-feira (16/5).
Com a confirmação do foco, o Serviço Veterinário Oficial do RS (SVO-RS) desencadeou as ações previstas no Plano Nacional de Contingência de Influenza Aviária, com isolamento da área em Montenegro e eliminação das aves restantes, para que seja iniciado o protocolo de saneamento da granja. Será conduzida investigação complementar em raio inicial de 10 km da área de ocorrência do foco, e de possíveis vínculos com outras propriedades. A mortalidade de aves no Zoológico de Sapucaia do Sul, que está fechado para visitação, também foi atendida e a Seapi aguarda o resultado do sequenciamento.
O SVO-RS reforça que o consumo de carne de aves e ovos armazenados em casa ou em pontos de venda é seguro, já que a doença não é transmitida por meio do consumo. A população pode se manter segura, não havendo qualquer restrição ao seu consumo.
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