Intenção de consumo das famílias catarinenses cresce em abril, aponta pesquisa
Dados mostram que SC foi na direção oposta da média nacional, que registrou queda de 0,4%.
Por Redação Oeste Mais
29/04/2025 09h47
Após dois meses de retração, a intenção de consumo das famílias catarinenses voltou a crescer em abril, com aumento de 1,2%, o terceiro maior avanço do país no período. Os dados foram divulgados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio SC) na última semana.
O presidente da federação, Hélio Dagnoni, destaca que o dado é bastante positivo, pois indica que a intenção de consumo dos catarinenses foi na direção oposta da média nacional, que registrou queda de 0,4%.
“Apenas sete estados, de um total de 27 unidades federativas, registraram crescimento em abril. E Santa Catarina foi uma delas, com um dos maiores índices. Todos os nossos indicadores apontam que a economia do nosso estado está apresentando grande resiliência, apesar do momento atual conturbado, em um cenário de juros em níveis preocupantes e inflação acima da meta”, destaca Dagnoni.
Em termos absolutos, a intenção de consumo das famílias catarinenses atingiu 114,2 pontos, segundo o indicador criado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). Valores acima de 100 pontos indicam que as famílias estão satisfeitas com o nível atual de consumo.
Queda na satisfação com o emprego
Ainda de acordo com a pesquisa da Fecomércio SC, a satisfação com o emprego atual recuou 1,8% na comparação mensal e 4,6% na comparação anual, chegando a 126,8 pontos – menor nível do indicador nos últimos 18 meses.
Outro indicador que caiu foi a satisfação com a renda, que registrou queda de 2% no mês e 2,1% na comparação anual, mas manteve-se na zona de otimismo em 129,4 pontos.
A economista da Fecomércio SC, Edilene Cavalcanti, acrescenta que o percentual de famílias que acreditam que a situação econômica atual é melhor do que a do mesmo período do ano passado segue superando o daqueles que falam em piora.
“Atualmente, 45,8% dos catarinenses acreditam que a sua situação financeira está melhor agora do que um ano atrás. Aqueles que acreditam numa piora são 36,6%. Já aqueles que falam em estabilidade são 16,4%”, diz Edilene.
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