O Dia Mundial da Síndrome de Down é celebrado nesta sexta-feira, dia 21, uma data reconhecida pela ONU desde 2012 para incentivar a reflexão sobre os desafios e a inclusão dessa parcela da população.
No Brasil, estima-se que cerca de 300 mil pessoas tenham essa condição genética, causada pela presença de um cromossomo extra no par 21, também conhecida como Trissomia do Cromossomo 21.
Natural de Faxinal dos Guedes, no Oeste catarinense, Maria Valentina, de 2 anos e 10 meses, é uma das crianças que nasceram com essa condição. Assim como a família, tantas outras vivenciam desafios diários, mas demonstram que o amor incondicional supera qualquer obstáculo.
“Nada muda o amor”, afirma Elisangela Rech, de 43 anos, mãe de Maria Valentina, ao falar sobre a jornada ao lado da filha.
Maria é a segunda filha de Elisangela e a primeira de Cleverson Pazeli, de 33 anos. Elisangela também é mãe de Matheus Henrique, de 13 anos, que nasceu sem alterações genéticas.
Durante a gestação de Maria, tudo parecia normal, sem complicações aparentes. No entanto, os pais só souberam que a filha caçula tinha Síndrome de Down após o nascimento.
“Foi um baque quando a gente soube. A gente nunca espera isso”, conta Elisangela. A confirmação veio da pediatra, que identificou traços característicos da síndrome na recém-nascida.
Embora não tenha nascido prematura, Maria Valentina precisou ser internada na UTI Neonatal do Hospital Regional São Paulo (HRSP), em Xanxerê, onde permaneceu por 26 dias. Ao nascer, pesava 2,260 kg e media 40 cm. Durante esse período, enfrentou complicações como hipoglicemia, baixa saturação e plaquetas reduzidas. Os médicos não souberam determinar a causa exata do atraso no desenvolvimento no último mês de gestação.
“A única possibilidade levantada foi um susto, uma queda ou até mesmo o fato de eu ter tido Covid durante a gravidez”, relata a mãe.
Nos primeiros anos de vida, Maria Valentina passou por alguns desafios de saúde. Ela teve pneumonia duas vezes, necessitando de internação com suporte de oxigênio, e, em novembro do ano passado, passou por uma cirurgia para a remoção das amígdalas e adenoide, além da colocação de drenos nos ouvidos. Apesar das dificuldades, a família seguiu superando os desafios e comemorando cada melhora e evolução da menina.
“Dizem que os portadores da síndrome têm um cromossomo a mais, o cromossomo do amor. E com certeza é verdade”, finaliza Elisangela, emocionada.