Saiba o que fazer em caso de queimadura por água-viva

Praias de Passo de Torres, Balneário Gaivota, Balneário Arroio do Silva e Balneário Rincão, foram as que mais registraram ocorrências.

Por Redação Oeste Mais

28/01/2025 20h13 - Atualizado em 28/01/2025 20h17



Os banhistas que frequentam as praias de Santa Catarina devem estar atentos ao risco de queimaduras por águas-vivas. Saber o que fazer é essencial para aliviar os sintomas e prevenir complicações.

Confira as orientações principais repassadas pelo Corpo de Bombeiros:

  • • Ao sentir ardência ou visualizar a água-viva, saia imediatamente da água.
  • • Procure o posto de guarda-vidas mais próximo.
  • • Evite usar água doce, urina ou outros líquidos na queimadura. Mitos como o uso de urina são perigosos: acidez pode intensificar a sensação de queimadura e ainda causar infecções. Apenas lave a área afetada com água salgada.
  • • Solicite vinagre no posto de guarda-vidas. O vinagre é cientificamente comprovado para aliviar os sintomas e neutralizar os nematocistos.
  • • Dependendo da gravidade, o guarda-vidas poderá acionar uma ambulância para atendimento médico.
Queimaduras causadas por água-viva são comuns nas praias (Foto: Freepik)

Incidências recentes

Entre os dias 21 e 27 de janeiro, o 4º Batalhão de Bombeiros Militar registrou o maior número de ocorrências com águas-vivas: 1.603 casos, abrangendo praias como Passo de Torres, Balneário Gaivota, Balneário Arroio do Silva e Balneário Rincão. Em seguida, o 10º BBM contabilizou 517 ocorrências nas praias de Palhoça e Governador Celso Ramos. Florianópolis, atendida pelo 1º BBM, registrou 380 casos.

Comparando com os anos anteriores, os dados apresentam variações significativas:

  • 2024:
  • • 8º BBM: 917 ocorrências (Laguna, Imbituba e Garopaba).
  • • 4º BBM: 874 ocorrências.
  • • 1º BBM: 705 ocorrências.
  • 2023:
  • • 4º BBM: 1.008 ocorrências.
  • • 8º BBM: 823 ocorrências.
  • • 1º BBM: 785 ocorrências.

Apesar dos números, o professor Charrid Resgalla Jr., da Escola Politécnica da Univali, afirma que a atual incidência de águas-vivas em Santa Catarina é considerada abaixo do normal, com base em estudos realizados ao longo de 10 anos.

Segundo o professor, o Litoral Sul de Santa Catarina é mais vulnerável devido à geografia. "A região é menos recortada e mais exposta aos ventos, facilitando o transporte de águas-vivas para a praia. A inclinação da costa e a forma retilínea contribuem para os altos índices de ocorrências, diferentemente do litoral norte, mais protegido."


COMENTÁRIOS

Os comentários neste espaço são de inteira responsabilidade dos leitores e não representam a linha editorial do Oeste Mais. Opiniões impróprias ou ilegais poderão ser excluídas sem aviso prévio.