Os traços que compõem os mais de seis livros de colorir que a dona Mathilde Maria Lorenzet Fachinello possui em casa expressam um sentimento de felicidade e dedicação.
Guardados em um pequeno espaço em seu quarto, os livros são um tipo de álbum diferente que a idosa costuma olhar seguidamente e mostrar para as visitas, para admirar os trabalhos prontos.
Há pouco mais de um ano, Mathilde passou a colorir livros infantis e outros, presenteados pelos filhos e netos, para distrair a mente e manter a coordenação motora em ótima forma. Um passatempo diferenciado.
Segundo um dos netos dela, as pinturas surgiram após Mathilde apresentar dificuldades para realizar outros trabalhos manuais como o crochê, por conta da artrose em alguns dedos da mão.
São desenhos de aleatórios, como caricaturas, natureza, casas, e também mandalas, que são os preferidos de Mathilde. Todos eles receberam uma chuva de cores no decorrer dos últimos meses e seguem sendo pintados até não restar mais nenhuma folha em branco.
As obras de arte da idosa de Ponte Serrada são fruto de muita calma e paciência do dia a dia, muitas vezes, sendo coloridas durante horas.
Quando termina de colorir, Mathilde guarda os cadernos e, alguns, até presenteia de volta quem lhe deu os livros.
Presente que despertou um sorriso
No dia 1º de maio, Mathilde completou seus 95 anos. A família da idosa sempre foi muito ativa na questão de festas e comemoração dos aniversários, principalmente os dela. Todos os anos, filhos e netos organizam uma pequena festa para a data não passar em branco.
Devido à pandemia, dona Mathilde não pôde receber a grande festa de aniversário que os familiares estavam planejando, mas um almoço com eles, com direito a bolo e fotos, não deixou a data ficar para trás.
Os presentes não faltaram na comemoração, mas um em especial, fez com que Mathilde abrisse um sorriso bem grande no rosto. Um dos três filhos dela, Flávio Luiz, ampliou um dos desenhos que ela pintou em seus livros, e colocou na moldura, entregando um quadro para a mãe.
O quadro está pendurado na parede da sala da casa de dona Mathilde, onde ela e outras pessoas possam olhá-lo sempre que quiser, e apreciar o dom que a idosa possui.
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